quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Um ponto para Globo. – Por Miguel Montte

A rede Globo de Televisão acertou o alvo ao divulgar em seu horário nobre o programa “Sagrado” pelo qual torna acessível à população brasileira, diversas correntes religiosas; é um passo importante para iniciar a plena democracia em um meio atualmente prestes a detonar uma guerra civil, ou santa, no Brasil. Vejamos: Isto porque a Globo divulga aos domingos suas pretensões católicas; por outro lado sabemos que o nicho católico ainda é o maior no Brasil; esta talvez seja o porquê de a Globo pender por este lado; Contudo, e em conseqüência, a segunda maior emissora televisiva do Brasil, a Record, tende a ser sempre inimiga das hostes católicas e vangloriar seus atributos evangélicos.
Com esta idéia, a Globo dissemina no público brasileiro o conhecimento, de algumas correntes sem dogmas, onde leva o telespectador ao momento de reflexão, neste ato, ele vai pensar, pensando, logo vai existir um ser que interroga, indaga e questiona... Agindo assim, é um pequenino passo para o desenvolvimento material e espiritual do ser humano, que porventura muitas religiões não permitem.
“Um Salve” pra Globo que nesta semana veiculou em seu “Sagrado” os ensinamentos Budistas, que tem em sua máxima a filosofia de “acalmar a mente”; Oxalá pudesse a Globo veicular algo sobre a filosofia Rosacruz, mesmo não sendo Religião, esta fraternidade vem mudando a vida de várias pessoas por todo o mundo e é a preconizadora de outras fraternidades, a exemplo da Maçonaria; então a partir desta iniciativa da Globo, outros veículos possam fazer o mesmo e difundir outras tendências religiosas; quem sabe, através disto, poderemos ser um país de pessoas que pensam, e não aquelas comandadas por pessoas que lhes aprisionam.
Em um país como o Brasil onde a prevalência religiosa se restringe a duas vertentes, a exemplo da católica e evangélica, esta atitude da Globo foi muito corajosa, pois ao veicular noções de Candomblé, a emissora poder-se-ia ridicularizar, por fazer, na ótica de dogmáticos, apologia ao demônio. Então, estaria tudo amarrado em nome de Jesus.
Sabemos que a religião católica é a que mais perde adeptos para o budismo, em todo o mundo, dados publicados recentemente em veículos de comunicação do meio. Por outro lado, os evangélicos, que migraram do catolicismo, tendem agora a descobrir novos rumos teológicos e filosóficos, já que, nas dependências evangélicas, restaram dúvidas diversas, umas das quais seriam a de que o homem não é esta ralé pintada por dogmáticos que o insere no centro de todos os pecados na história da humanidade.
Um outro ponto crucial que culmina com a debandada de evangélicos do meio, é a da prática de se trucidar a auto-estima do cristão; deixando-o em uma vida vegetativa, sem prosperidade, sem amor próprio; através do qual se preconiza a máxima em que o ser - humano é pecador, e assim terá que ser, venerando um Deus que lhe obriga a vestir roupas de cores neutras, rostos apáticos, indolentes, e sem o sabor de vangloriar seu sucesso através do seu livre-arbítrio: a máxima é: Em nome de Jesus, que poderia ser em seu próprio nome.
Já está escrito que nos próximos mil anos, a filosofia mística entrará nas vidas das pessoas de forma contundente; o fato inicial para isto é que a sociologia e filosofia serão obrigatórias nos ensinos fundamentais e médios do Brasil, como já são em outros países; agora, os estudantes irão alardear: Penso, logo existo, ao invés de dizer: Ta tudo amarrado!

Miguel Montte, FRC, M, E+C, Jornalista/Publicitário.

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