quinta-feira, 18 de junho de 2009

COLUNA DO MÍSTICO: MAÇONARIA X ROSACRUZ. Por Miguel Monte

COLUNA DO MÍSTICO: MAÇONARIA X ROSACRUZ. Por Miguel Monte

Hoje damos início à coluna do místico, que irá debater assuntos filosóficos dos mais polêmicos e interessantes. Semanalmente divulgaremos esta coluna nos principais sites e jornais da região norte. No finalzinho desta coluna leia mais a respeito do que é ser Místico ou mesmo sobre o misticismo.
Pois bem, não poderia deixar de iniciar esta “Coluna” com o imbróglio perpetuado desde a idade média: Quem originou quem? A maçonaria originou Rosacruz, ou a Rosacruz iniciou a Maçonaria? De posse desta celeuma fui pesquisar nos principais livros publicados desde então e com base no que encontrei acredito que a Rosacruz deu início a maçonaria. Como veremos:
A Rosacruz iniciou-se há exatos 3.361 anos, tendo sua origem no Egito por intermédio do Faraó AKHENATON onde teve enorme importância para a ordem ROSACRUZ.
A ordem Rosacruz é uma ordem onde se busca o desenvolvimento tanto mental quanto espiritual. Mesmo existindo há anos, só se tornou conhecida quando H. Spencer Lewis propagou seus ensinamentos nas Américas. Contudo, é a AMORC que mantém a verdadeira tradição egípcia. Não é preciso ser convidado por um “Padrinho” ou por alguém que seja Rosacruz para se tornar um membro Rosacruz, basta visitar uma loja, ou entrar no site: www.amorc.org.br e preencher uma ficha, que após análise, o requerente já começa a fazer parte desta grande instituição.
Diferente da Maçonaria que “escolhe” os seus membros, a Rosacruz distribui os seus milenares conhecimentos através de “livretos” trimestrais, entregues pelo correio na residência do estudante. Além disso, a AMORC foi a primeira a passar os seus conhecimentos por escrito; Porquanto, até então nenhuma outra grande entidade filosófica se propôs a ensinar seus adeptos de forma “educacional”.
É das antigas Escolas de Mistérios do antigo Egito que originam os conhecimentos da ordem Rosacruz, e, que fazia parte o Faraó Akhenaton. A primeira reunião da ordem Rosacruz deu-se em 1498 a.C, quando os hierofantes, presidido por um deles, reuniram-se em um conselho, definindo os planos para a expansão da Luz. Então como uma “logomarca” foi escolhida uma rosa e uma cruz, como símbolo desta ordem que nascia. Daí em diante, os principais rosacruzes do mundo receberam a missão de propagar seus ensinamentos a outros, no objetivo de levar “a Luz” a quem dela necessitasse.
Quando Jesus, O Cristo nasceu, muitos documentos foram perdidos, muitas religiões se extinguiram acusadas de serem “hereges”. As organizações tiveram que se esconder, preservando suas identidades; em 46 foi criada a ordem dos iniciados por Ormus. O símbolo dessa organização era uma rosa e uma cruz. Muitos historiadores identificaram aqui o início da Rosacruz; que então no século VII foi fundada a primeira loja na França, a partir daí se alastrou por toda a Europa. No fim do século X foi confeccionado o primeiro manuscrito sobre a Rosacruz, chegando inclusive a ser feito uma obra pública sobre a ordem, na Alemanha; a credibilidade da Rosacruz era e é tão enorme que até a ordem dos templários rogou-lhes felicitações.
Depois que o Papa tenta extinguir os templários eles passam a migrar para outras ordens; Com isso, o barão de Montanor e Gaston de La Pierre Phoebos fundam, com outros amigos, a ordem do Irmão Primogênito da Rosacruz. Em 1487 foi fundada a primeira Suprema Grande Loja Rosacruz, na França; “em 1555, Nostradamus aludindo ao apoio da Rosacruz de outros países ao ressurgimento alemão prevê o ressurgimento Rosacruz dizendo:
“Um novo grupo de filósofos surgirá; Desprezando morte, ouro, honras e riquezas; Estarão próximos às montanhas da Alemanha, E terão muitos outros a apoiá-los e segui-los”.
Em 1577, surge como influencia da Ordem Rosacruz a Ordem dos Inseparáveis. A Verdadeira Ordem Rosacruz se desenvolveu como o passar do tempo, garantindo assim, que seus membros não terão ensinamentos de apenas um pensador, mas sim, de muitas pessoas que contribuíram para aumentar o conhecimento Rosacruz. O resultado disto tudo é a AMORC de hoje.
Para elaborarmos uma analogia entre as duas ordens: Maçonaria e Rosacruz; deveremos analisá-las:
A ordem Rosacruz é uma fraternidade filosófica, que representa uma síntese do ocultismo imperante da Idade Média; Segundo historiadores.
Segundo livros, expostos em bibliotecas de Porto Velho e de Ji-Paraná, Harvey Spencer Lewis pretende, todavia, que Rosenkreuz tenha sido simplesmente um renovador, já que a instituição remontaria ao antigo Egito, à época do Faraó Amenophis IV.
O Rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, são um sincretismo de diversas correntes filosóficas-religiosas; Hermetismo egípcio, Cabalismo Judaico, Gnosticismo cristão, alquimia...Dentre outros... A primeira menção histórica da ordem Rosacruz data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama Fraternitatis”, onde são contadas as viagens do alemão RosenKreuz pela Arábia, Egito e Marrocos, locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.
O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz
O teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi o homem que divulgou o rosacurcianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581, depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e, posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com uma nova insuflação espiritual.
A popularidade alcançada por Andréa, entretanto, com a Societas Solis (Sociedade do Sol), a que ele procurou dar vida e a Ordem das Palmeiras, em que ele foi admitido aos 60 anos de idade, não se comparou à que ele conseguiu ao publicar o seu romance satírico “O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz”, que criticava, jocosamente, os alquimistas e as ligas secretas, numa época que, de maneira geral, era de desorientação, onde o ar andava cheio de rumores e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi então que a palavra Rosa-Cruz adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, num escrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de “Fama Fraternitatis R.C.”, sem necessidades de ser escrito por extenso, pois ele já era bem entendido. Outra pequena obra, surgida um ano depois e chamada “Confessio”, publicava a constituição e a exposição dos fins que a Ordem era destinada.
O Herói Viveu 150 Anos, Extinguindo-se Voluntariamente.
De acordo com o “Confessio”, a ordem Rosa-cruz representaria uma alquimia de alto quilate, na qual em vez das pesquisas sobre a Pedra Filosofal, era buscada uma finalidade superior, ou seja, a abertura dos olhos do espírito, através dos quais pudesse o homem, ficar apto a ver o mundo e os seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, então, diante da necessidade espiritual da época, incrementada pela disposição de renovação e organização secreta, tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa.
O herói do romance é o Christian Rosenkreuz já descoberto pela “Fama Fraternitatis” e que já tinha, no século XIV, viajado pelo Oriente e, ali, aprendido a “Sublime Ciência”; teria ele segundo a lenda que lhe cercou o nome, voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de idade, quando, cansado na vida, extingui-se voluntariamente.
Andréa, no romance, aproveitou-se do nome que havia sido encontrado para ser a figura fundadora, mas o seu Rosenkreuz era velho e impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser químico.
Todavia, ele tem cultura e conhece muitos segredos, além de estar sempre ávido por conhecer outros, por esse motivo é que, em certa ocasião, como hóspede da família real, ele entra num quarto em que dorme Vênus; depois quando, como outros convidados, ao ser proclamado cavaleiro da ordem da Pedra Dourada deve, de acordo com os estatutos da Ordem, repudiar toda a lascívia, torna-se público o seu erro. Assim, enquanto os outros vão embora, como cavaleiros da nova Ordem, ele tem que ali permanecer, na qualidade de porteiro, como castigo por ter descoberto Vênus.
A Mística Idéia da Rosa Provocou Grande Sedução.
Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de positivo sobre a nova Ordem, que restou a impressão de que ela já existia, ainda que só como imagem literária. Pode-se notar, facilmente, que a Pedra Filosofal dos alquimistas (que transformaria os metais inferiores em ouro); além disso, o encontro dos convidados ao casamento, vindos de todas as partes do mundo, e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aos esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo Rosa-cruz.
Esse símbolo, além de sugestivo, corresponde à ansiedade daquela época. Alguns procuraram relacioná-lo com as armas de Lutero, coisa que não pode ser facilmente aceita, pois ele poderia ser nesse caso, relacionado, também, com as armas de Paracelso, convindo esclarecer que Andréa representou o seu Rosenkreuz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que, desde a época de seu avô Jacob Andréa, adornava as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiro rosa-cruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo, na cruz do Gol-gota; a mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra, uma grande força de sedução. Além disso, muitos rosacruzes vêem, no emblema, um símbolo alquimista, concretizando uma ambigüidade muito comum aos símbolos.
Os rosacruzes atuais têm uma interpretação bem mais mística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o ser humano, a parte material, enquanto a rosa representaria o ser imaterial, a alma, espírito ou corpo astral.
A Junção dos Sexos Leva ao Segredo da Imortatalidade.
Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosa-cruz era o segredo da imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa preocupação. Em botânica oculta, a rosa era uma flor iniciática, para diversas ordens religiosas, sendo, que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio, da Virgem (Rosa Mística); no quarto domingo da Quaresma, em todos os anos, o papa benza a Rosa de Ouro, que é considerada como um dos muitos sacramentais oferecidos pela Igreja, em sua liturgia. Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza o sexo masculino, pois para os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono.
Assim, a Rosa simboliza a Terra, como ser feminino, e a Cruz simboliza a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecunda a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando, também, dela, a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.
A Alquimia Evidencia Uma Ligação Entre as Duas Ordens.
Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com início da decadência das corporações operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram, paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos, hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos francos-maçons. Como a Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, como já vimos, Dará daí à ligação do rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditários da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosacruz e sua comunidade, atingindo até a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas, exceção aos maçons o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas.
Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício durante a Idade Média e o início de sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada, indevidamente, de “Especulativa”). Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas, em Roma, no século VI antes de Cristo, a maçonaria é mais antiga. Isso é claro, levando em consideração apenas, as evidências históricas autênticos e não as “lendas”, que fazem remontar a origem de ambas as instituições ao antigo Egito.
A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Antiga e Mística Ordem Rosacruz dá ao estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosacruz. O estudo em casa é acompanhado à distância, e assim como a maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito (iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.
O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo, e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.
Da Regeneração e Imortalidade a Reformador Social.
A partir da metade do século XVIII e, principalmente, depois de José II, com a maciça entrada dos rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria e rosacrucianismo, tendo, a instituição maçônica, incorporado, aos seus vários ritos, o símbolo máximo dos rosacruzes: ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, ao 7º grau do Rito Moderno, ao 12º grau do Rito Adoniramita... etc.
O Cavaleiro RosaCruz é, como o próprio nome diz, um grau cavalheiresco e se constitui no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista e a sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dos ritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo atribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz, representando esta, o sacrifício e a Rosa o segredo da imortalidade, que nada mais é do que o esoterismo cristão, com a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a tipificação da transcendência da Grande Obra.
A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosacruzes, herdeiros dos alquimistas, modificando, um pouco, o seu significado e reduzindo-o a termos mais reais. Assim, o segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, enquanto é aceito o princípio da regeneração só pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do homem e através da constante investigação da Verdade. O misticismo dos símbolos rosacruzes, todavia, foi mantido, pois embora a Maçonaria não seja uma ordem mística, ela, para divulgar, a sua mensagem de reformadora social, utiliza-se do misticismo de diversas civilizações e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas.
As Iniciações.
Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a iniciação é ao grau de Aprendiz, e da AMORC, a admissão ao 1º grau de templo. As iniciações têm o mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.
O Simbolismo.
Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente.
Cada ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosacruz, na figura de um mestre instalado, que ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a caminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.
O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem RosaCruz, sendo que neste último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são acesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor.
Outra semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizando o cargo que ocupa no ritual.
O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo.
Algumas das diferenças ficam por conta da condução do ritual, onde na Rosacruz tem caráter místico-filosófico.
Os iniciantes na Ordem RosaCruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem RosaCruz (AMORC) lembra as construções egípcias.
Antes de finalizar, deixarei bem claro, que este artigo foi confeccionado levando em consideração livros públicos pesquisados, artigos encontrados na internet, e, mais que tudo, levei em consideração as fontes fidedignas que embasaram este artigo. É importante salientar que em nenhum momento foi utilizado dados de “livros por mim sagrados, para expor estas teses”...

Por fim:

Misticismo é definido como qualquer crença que admite a comunicação dos homens com Deus ou algum ser imaterial ou entidade divina.
Do livro de Jakob Böhme "O Príncipe dos Filósofos Divinos", o misticismo se define por: o misticismo, em seu mais simples e essencial significado, é um tipo de religião que enfatiza a atenção imediata da relação direta e íntima com Deus, com a consciência da Divina Presença. É a religião em seu mais apurado e intenso estágio de vida. O iniciado que alcançou o "segredo" foi chamado um místico. Os antigos cristãos empregavam a palavra "contemplação" para designar a experiência mística.
"O místico é aquele que aspira a uma união pessoal ou a unidade com o Absoluto, que ele pode chamar de Deus, Cósmico, Mente Universal, Ser Supremo, etc. (Lewis, Ralph M)
A palavra "místico" foi empregada pela primeira vez no Mundo Ocidental, nos escritos atribuídos a "Dionysius, o Aeropagite", que apareceu no final do século V. Dionysius empregou a palavra para expressar um tipo de"Teologia", mais do que uma experiência. Para ele e para muitos intérpretes, desde então, o misticismo se baseava em uma teoria ou sistema religioso que concebe Deus como absolutamente transcendente, além da Razão, do pensamento, do intelecto e de todos os processos mentais.
A palavra, desde então, tem sido usada para os tipos de "conhecimento" esotérico e teosófico, não suscetiveis de verificação. A essência do misiticismo é a experiência da comunicação direta com Deus.
A palavra misticismo tem origem no idioma Grêgo μυστικός = "iniciado" (nos "Mistérios de Eleusinian", μυστήρια = "mistérios", referindo-se as "Iniciações") é a busca para alcançar comunhão ou identidade consigo mesmo, lucidez ou consciência da realidade última, do divino, Verdade espiritual, ou Deus através da experiência direta, intuição, ou insight; e a crença que tal experiência é uma fonte importante de conhecimento, entendimento e sabedoria. As tradições podem incluir a crença na existência literal de realidades empíricas, além da percepção, ou a crença que uma verdadeira percepção humana do mundo trancenda o raciocínio lógico ou a compreensão intelectual.
O termo "misticismo" é freqüentemente usado para se referir a crenças que são externas a uma religião ou corrente principal, mas relacionado ou baseado numa doutrina religiosa da corrente principal. Por exemplo, Kabala é a seita mística dominante do judaísmo, Sufismo é a seita mística do Islã, e Gnosticismo refere geralmente a várias seitas místicas que surgiram como alternativas ao cristianismo. Enquanto religiões do Oriente tendem a achar o conceito de misticismo redundante, e o conhecimento tradicional e ritual são considerados como Esotericos, por exemplo, Vajrayana e Budismo.

Miguel Monte é publicitário/Jornalista: MTB 758-Ro. miguelmonte@oguapore.com

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