quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coluna Mística: Um Monge de Ferrari – Por Miguel Monte.

Coluna Mística: Um Monge de Ferrari – Por Miguel Monte.


Para você ficar bem informado hoje em dia, no mínimo você tem que assinar a SKY e para isto precisa reservar por mês em torno de R$ 250,00; além disto, assinaturas do Folha de S.Paulo, da Veja e compras de livros resultam nada menos que R$ 600,00 por mês, e, se você for chegado a vinhos, café e bons cardápios reserve no mínimo R$ 2 ou 4 mil por mês; sem contar, evidentemente, dos custos operacionais, pessoais e técnicos. Portanto, nos dias atuais, não é nada fácil evoluir, pois dinheiro é uma força tão poderosa que ao invés de ele trabalhar para você, você se torna escravo dele e passa a viver sob a égide da escravidão financeira.
Pois bem, utilizando de preceitos milenares, a coluna de hoje vai fazer um resgate de você para com você mesmo. Para isto, de forma ridícula, utilizarei por força de expressão, meus exemplos do cotidiano.
Existem diversas profissões no mundo, algumas regidas por éticas disciplinares exigentes e reguladoras tão eficazes que seus correligionários não podem desvincular-se em hipótese alguma das suas doutrinas sob pena de serem banidos do meio. Outras, a exemplo das que exerço nos últimos 20 anos, tais como Jornalismo e Publicidade, são regidas pelas normas mercadológicas dentro dos rigores das leis do nosso país; comumente, na selva de pedra se destaca “sempre o melhor”.
Nos anos 80 quando iniciei na publicidade o filme Wall Street – Poder e cobiça – estrelado por Michael Douglas e Charlie Sheen, representava os “vencedores” da época: Mulher bonita, sexo, dinheiro no bolso, status, poder, cobiça, ambição, enfim, uma competição “infernal”. Neste ínterim, o mercado publicitário de Porto Velho estava “engatinhando” e muitos publicitários carregavam as suas agências em uma “pasta executiva”; tempos depois foram apelidados de “agência pastinha”; hoje, porém, a maioria são bem sucedidos. Nesta guerra de mercado, o livro de cabeceira era “A arte da Guerra”, de Sun Tzu, ou seja, vença e mate seu adversário a qualquer preço; em outro livro, de Maquiavel, a gente aprendia: “venda a sua mãe, mas não entregue”.
Na década de 90, eu e meu amigo Zildo Monteiro, chegamos a vender o “almoço” e a “janta” para ouvir em palestras os publicitários Duda Mendonça e Washington Olivetto, – Hoje não faço isto nem a pau! – em outras áreas, como o jornalismo, não seria muito diferente, pois, na verdade, são profissões que mexem muito com o ego das pessoas, aí chegamos ao ponto extremo deste artigo; O Ego.
Segundo Freud, Ego é a parte da mente, mais ou menos consciente, que lida com a realidade. Assim, como experiência própria, na década de 90, os meus artigos e minhas criações publicitárias serviam para “massagear meu ego”; “Eu era o máximo” e um porre também. Já imaginou tomar uma cerveja com um cara – e hoje ainda existem muitos de mim por aí – e ouvir sempre: Eu sou isto, Eu sou aquilo, Eu tenho isto, e ouvir de outros também: “... É! Eu também tenho isto! “Eu também tenho aquilo...”
Nesta semana não contive a gargalhada quando vi um ex-funcionário meu dizer em uma entrevista que: “existem muitos sites jornalísticos em Rondônia, mas muitos sem credibilidade”; Filosoficamente falando ele está vendo o mundo pela “lente” dos seus olhos, se somos sem credibilidade, todo mundo também não vai ter credibilidade, se somos bandidos, todo mundo também vai ser bandido, se somos honestos, todo mundo também vai ser honesto. É uma questão de ótica.
No ano de 2008, dois empresários, dos quais presto assessoria publicitária e jornalística, testaram meu lado “zen”; o primeiro mandou um “concorrente” fazer um VT e me mostrou o VT de forma satírica:
“- Olhai ai! Você perdeu esta grana”.
Única forma de responder foi à seguinte:
“- Ele também tem filhos e esposa, precisa também levar alguma coisa pra casa”.
O outro empresário me alertou em alto e bom som:
“- Rapaz! Veio um cara aqui e falou tanto mau de você meu amigo, ai eu pensei, será que Miguel é tudo isto?”
Notoriamente, em outra época, do filme “wall Street” e do livro “A arte da Guerra”, eu tinha partido pra cima do coitado e não sobrava nada da sua reputação pra contar história; Mas respondi assim:
- “Fala pra ele que vou orar pra que ele tenha mais paz na sua vida”.
Mas para chegar a este nível de “interpretação da vida” precisei “meditar” muito a respeito de muitos temas paradoxais. Em certa ocasião, em uma palestra, eu e o jornalista Paulo Benito conversávamos sobre “dá o outro lado da face”, como ensinou o grande mestre; daí chegamos a uma conclusão que no nosso ramo, se dermos o outro lado da face, a gente apanha mais. Contudo, o nosso palestrante nos alertou que pessoas que nos “caluniam” são nada mais e nada menos que: uma forma de elas pedirem ajuda, e nós temos que estar aptos a ajudá-las sempre.
Quando escrevi a mensagem de natal deste ano; muitos me acharam maluco, pois, como uma pessoa que trabalha com propaganda, induz aos leitores a não gastarem exageradamente e a não acreditarem em Papai Noel? Pelo simples fato da manipulação publicitária, pois sei que o pai de família assalariado fica em estado depressivo quando a sua criança acorda pela manhã e vê que Papai Noel não deixou o seu presente, e, mais depressivo ainda a família fica quando não tem dinheiro para comprar o peru, panetone e vinho... Sem contar com os apetrechos, tais como árvore de natal, e outros enfeites natalinos.
Por outro lado, o apego as coisas materiais deixa, sob o meu ponto de vista, as pessoas “infrutíferas” para a vida; - eis que provarei ainda neste artigo – Pessoas sem fraternidade, frias, “sonsas”, capitalistas, sem amor, escondem estes atributos maléficos através do carro lançamento do ano, roupas de griff famosa e perfume Frances; ao passo que seria o contrário, pessoas que usassem carro, roupas famosas e perfumes importados seriam na verdade um tributo por tudo que ela fez de bom e pelo seu desempenho humanitário, e, sendo assim, ela merece aquilo tudo, pois é uma dádiva divina.
A título de exemplificação, já pilotei camionete do ano e usei um paletó por dia para impressionar os meus clientes, além dos perfumes mais caros importados, e, na roda da vida, “curtia adoidado” com todas as secretárias que encontrava pela frente e “bebia todas” com os clientes em jantares caríssimos só para afirmar para todos e para mim mesmo que era bem sucedido; Hoje, porém, em outra filosofia de vida, uso sandálias ortopédicas confortáveis, camisa solta pela calça jeans desbotada e meus clientes me ligam para “tomar uma” de forma amigável, através do qual conversamos até de assuntos particulares.
Foi hilário neste ano de 2008, em uma concorrência empresarial, quando na recepção da empresa os publicitários recém formados, cada um mais elegante que outro, se apresentavam para demonstrar suas performances e, no entanto a conta foi direcionada para a minha empresa e mais uma vez aprendi que os melhores vinhos estão nas piores garrafas.
Mas então? Como ser um monge e andar de Ferrari?
O médico Deepak Chopra lançou um livro interessante, trata-se de “The seven spiritual laws os success” e comenta a respeito das sete leis espirituais do sucesso, que passo a comentar-lhes agora:
1 – A lei da potencialidade pura:
Consiste em ficar em silêncio pelo menos trinta minutos por duas vezes ao dia, nesta lei, se insere também a magia em ouvir mais e falar menos, também você pode optar por fazer meditações duas vezes ao dia, em torno de trinta minutos.
Por outro lado, você pode também se integrar a natureza e prestar atenção em pequenas coisas como em rios, olhar árvores, enfim, um contato sadio com a natureza nos remetem aos estágios meditacionais.
E o mais interessante é não julgar ninguém; Pois já dizia o grande mestre, “não julgues, para não ser julgado”; afinal de contas, qual a moral que temos para julgar alguém não é mesmo?
2 – A lei da doação.
Oferecer algo a alguém, nem que seja “atenção”, torna a vida mais leve; poderemos dá uma flor, jogar uma conversa fora, ou algo parecido; quando começamos a dar, o ciclo da vida se torna presente e a lei de dar e receber se torna presente; passamos também a receber, quando damos algo.
Agradecer a tudo que temos e a tudo que recebemos. Sendo assim, assumimos o compromisso de manter a riqueza circulando em nosso meio, dando e recebendo.
3 – A lei da Causa e Efeito.
Saber que o seu pensamento e as suas atitudes geram energias fortíssimas que uma vez lançadas dificilmente serão remediadas; portanto, deveremos nos policiar para a lei da “ação e reação” ou simplesmente; quem planta vento colhe tempestade.
4 – Lei do mínimo esforço.
Aceitar as pessoas como elas são e não como queiramos que fossem.
Encarar cada problema sabendo que dele resultará a sua evolução.
Não impor seu ponto de vista a ninguém.
5 – Lei da intenção e do desejo.
Fazer uma meta de vida para o ano de 2009, ou até mais, escrevê-la e olhar este papel até que a missão seja cumprida.
Saber que o plano cósmico tem desígnios especiais para você e não se importar depressivamente se os planos não deram certos.
Pensar sempre positivo, não ser derrotista.
6 – Lei do distanciamento.
Aceitar você mesmo como é e os outros como são.
Saber que na “incerteza” está a solução dos seus problemas, pois do próprio caos dela emergirá a solução.
7 – Propósito de vida.
Amar a si próprio.
Saber quais são os seus principais talentos lhes ofertados por Deus.
Utilizar dos seus talentos e das suas performances para ser útil a vida, e as pessoas.
(Neste exato momento, meu filho de três anos desligou o computador, então tive que recomeçar este artigo tudo de novo, uma prova cabal que Deus está testando a minha paciência; Se fosse outra época iriam pra “porrada” ele e Deus).
Por fim, através destas simples práticas o mundo fica mais fácil de viver, as pessoas se tornam mais palatáveis, e o dinheiro, tanto almejado, passa a ser o resultado do nosso sucesso e não o fator primordial do nosso sucesso; Seria igual à lenda: Não coloque a carroça na frente dos bois; plante, reaja e a vida lhe dá na mesma proporção dos seus esforços. Mas de uma coisa eu tenho absoluta certeza, tem gente usando azzaro, mas fede mais que um mendigo de rua; tem gente usando ellus para esconder os seus defeitos físicos... Enfim... Tem tanta gente que não presta neste mundo! Ops!!!
Já estou cometendo um crime: “Não julgues, para não ser julgado”. Então, me perdoem a escorregada...
Miguel Monte é Jornalista/Publicitário, diretor-presidente do jornal OGUAPORÉ, o maior jornal on-line do estado, há oito anos ininterruptos no ar; O todo poderoso da Tv Guaporé, em breve no canal 54, transmitindo a Tv Gazeta, Além, de diretor da Telguia, lista telefônica e Agência Guaporé, a agência mais criativa do mundo; também é paraibano, 1,80m, “levemente pesado”, e lindo pra caramba... Ah! Também é estudante de filosofia da ordem ROSACRUZ e Martinista – a verdadeira maçonaria.
Obs.: Peço perdão de novo por me amostrar tanto, é tão difícil ser um monge pilotando uma Ferrari.
Feliz 2009. ( miguelmonte@oguapore.com )

Nenhum comentário:

Postar um comentário