quinta-feira, 18 de junho de 2009

Coluna Mística: A Rosa e a Cruz – Por Miguel Monte

Coluna Mística: A Rosa e a Cruz – Por Miguel Monte


A.M.O.R.C. Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis, ou Antiga e Mística Ordem da Rosa-Cruz; mas também pode ser conhecida por Antiquus Arcanus Ordo Rosae Rubeae et Aureae Crucis, significando: Antiga e Secreta Ordem da Rosa Vermelha e da Cruz Dourada.
Muitos inseriram em suas fraternidades ou denominações de estudos filosóficos o termo Rosacruz, mas apenas a AMORC mantém os verdadeiros ensinamentos provenientes das escolas de mistérios do antigo Egito. A sua simbologia retrata uma cruz dourada com uma única rosa vermelha em seu centro, notoriamente, não representando nenhum caráter religioso, apenas, a Cruz dourada representa o corpo físico do ser humano e a rosa vermelha sua alma em evolução.
Há quase 60 anos a Rosacruz está consolidada no Brasil, com sede matriz na cidade de Curitiba, estado do Paraná, em Porto Velho a Loja Rosacruz está sediada há mais de 35 anos, com diversos membros atuantes na sociedade, contudo, de forma silenciosa, sem alarde dos benefícios que trazem aos povos carentes de nossa região. Mas a Rosacruz não tem só estes poucos anos no Brasil, sua origem, advém da idade média com fundamentação na tradicional escola de mistério do antigo Egito. Nestas antigas escolas se estudavam os mistérios da vida, e daí que veio a denominação: Escolas de Mistérios.
Ali se reuniam pessoas que buscavam compreender as leis naturais do universo, e as leis espirituais, conquanto, o termo “mistério” antigamente tinha outro significado que o de hoje, nas civilizações romanas, grega e Egípcia, significava uma gnose, ou uma sabedoria secreta, das quais apenas os iniciados conheciam; denomina-se “iniciado” pessoas com mentes abertas, sem superstições, segregação ou de outra forma, pessoas que queriam compreender a vida sem dogmas ou prisões psíquicas, apenas, abriam as suas mentes.
Uma das principais e primeiras escolas de Mistérios do antigo Egito tratava-se de uma que sincronizava o seu nome ao Deus Osíres. A escola Osiriana preconizava ensinamentos sobre a vida, a morte e a ressurreição, e seus ensinamentos eram na forma de peças teatrais ou dramas ritualísticos, pois acreditavam que desta forma os estudantes uniriam a prática e a teoria dos ensinamentos em uma só percepção. Apenas pessoas sinceras eram admitidas, pois, quem não estivessem comprometidos com a ideologia filosófica da época eram separados daquele meio, já que poderiam não assimilar os ensinamentos, como também os ridicularizá-los.
Com o tempo, as escolas de mistérios foram se tornando mais fechadas à sociedade, devido à incompreensão de certas comunidades às suas ideologias filosóficas; Passando a formar novos membros nos templos edificados no antigo Egito, comumente, para este objetivo.
Segundo programas veiculados no último domingo pelo canal Discovery Channel a respeito da Maçonaria e sociedades secretas, dentre elas a Rosacruz, a antiga Pirâmide de Gisé, no Egito, fora edificada não apenas para servir de túmulo aos faraós, mas, também serviria ao propósito de ensinamentos místicos; com práticas que só agora estão sendo descobertas pela medicina moderna e a ciência.
Em uma das práticas, inclusive, normal aos estudantes de misticismo e filosofia da época, era o encontro com Deus através da meditação, onde, a pessoa treinava o repouso da consciência, separando o seu corpo da sua alma; assim, sua alma poderia viajar até o encontro com o próprio Deus e ali comungar diretamente com seus poderes divinos. Vivenciando esta prática e não revelando a ninguém, os estudantes galgavam novos postos na hierarquia dos ensinamentos místicos e esotéricos, se tornando uma pessoa diferenciada com poderes adquiridos da própria prática dos estudos místicos.

Os Faraós

O Faraó Tutmés III (1504 a 1447 a.C). da 18ª dinastia, freqüentava as escolas de mistérios da época, contudo, por ser Faraó, o seu cargo não significava nenhuma importância às escolas, pois, humildemente era apenas mais um dos centenas de estudantes que ali estudavam, e segundo historiadores, Tutmés III executou um dos mais prósperos reinados do Egito. Com o tempo e após assumir o seu reinado, Tutmés III unificou todas as escolas em apenas uma fraternidade; Já Mestre Místico, Tutmés III recebeu o título de Faraó, onde para os místicos tem um significado muito importante.
Depois de quase cem anos, nasceu no palácio real de Tebas, Amenhotep IV, que logo cedo iniciou seus estudos filosóficos e místicos na escola onde Tutmés III freqüentara; Tornou-se mestre prematuro e fabulosamente instaurou o monoteísmo – A crença num só Deus; visto que o politeísmo era absurdamente praticado por diversas comunidades da época.
Iluminado, mudou seu nome para Akhenaton, que significa “Devoto de Aton”, e ali reformulou a religião, a arte e a cultura do Egito, além de lutar contra a ignorância e a hipocrisia de líderes religiosos do seu tempo; formou uma grande capital, exigindo do seu povo os estudos e práticas humanistas; após sua morte prematura, os líderes religiosos tentaram apagar a sua história e a sua gestão, porém, seu legado se perpetuou até os idos atuais.
Sendo herdeira dos ensinamentos místicos da época, os fundamentos da Rosacruz saíram do Egito partindo para a Grécia, por intermédio de Pitágoras, (572-492 a.C) depois para a Roma por Plotino (203-270); Mas foi na época de Carlos Magno(742-814 a.C) por intermédio do filósofo Arnaud, que a Ordem Rosacruz inaugurou suas escolas de misticismo na França, prosperando a toda a Europa, o seu ápice seguiu com o apoio dos templários e dos alquimistas; Porquanto, recuou-se devido à perseguição aos homens e mulheres que na época pensavam livremente, tornando-se assim reclusa as divulgações públicas, visto, que até hoje, alguns padres e pastores, e outros líderes religiosos discriminam os estudantes de misticismos e filosofia egípcia, lhes ofertando vínculos com forças sobrenaturais de formas jocosas.
A Rosacruz então permanece sólida há mais de 3000 anos com seus trabalhos de expansão ininterruptos; formando homens de pensamentos livres, fraternos e corajosos; sendo o seu magnífico ressurgimento a partir de 1614 com a publicação dos manifestos Fama Fraternitatis, Confessio Fraternitatis e Núpcias Alquímicas de Cristian RosenKreutz que foram confeccionadas por um colegiado Rosacruz; Já em 1623 a ordem se fazia anunciar nas ruas de Paris em uma propaganda de mídia impressa, vindo a se conhecida pela: “Ordem da Rosa-Cruz”.
A expansão maior se dera quando em 1693 sob a responsabilidade de Johannes Kelpius (1673-1708) diversos rosacruzes partiram rumo aos Estados unidos, e ali se consolidaram em diversos estados, confeccionando livros e publicações impressas, propagando assuntos místicos; Diversos historiadores atestam que a Rosacruz foi crucial para o desenvolvimento da América; porquanto faziam parte das suas hostes, homens como Benjamin Franklin (1706-1790) e Thomas Jefferson (1743-1826).
De 1801 a 1909, a Rosacruz estava consolidada e famosa na Europa, mas dormente nos E.U.A, até que um publicitário e Jornalista, Harvey Spencer Lewis (1883-1939) que já estudava esoterismo, viajou para a França, em busca dos ensinamentos rosacruzes, que após diversos exames lhes impostos, foi iniciado e recebeu a incumbência de propagá-los na América.
No ápice da segunda guerra mundial, H. Spencer Lewis inaugurou os ensinamentos rosacruzes em material impresso, antes um método nunca visto; a partir daí os estudantes de misticismo tinham como estudar em casa os ensinamentos perpetuados pela AMORC das antigas escolas de mistérios do Egito.

Porto Velho.

Os estudantes-místicos da filosofia Rosacruz em Porto Velho se reúnem em um templo localizado na zona leste; pessoas de diversas atividades profissionais, dentre as quais, engenheiros, advogados, jornalistas, camelôs, donas-de-casa, publicitários, estudantes, jovens, sociólogos, pedagogos, médicos, etc... Têm um só objetivo: aprender a viver em paz, com harmonia, parcimônia, e mais que tudo, aprendem através do bem, ajudar ao próximo.

Miguel Monte é Jornalista/Publicitário – E-mail: miguelmonte@oguapore.com

Fonte: Internet e livros de biblioteca particular.

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